7 Erros a evitar antes de decorar

No outro dia falei (aqui) de decoração minimalista e, como em tudo na vida, há quem goste e quem não goste.

Entretanto, recebi um e-mail muito querido de uma leitora também ela muito querida a dizer o seguinte (pedi autorização para partilhar):

“Estou a estudar (acabar curso) em Lisboa e a partilhar casa, mas depois do verão vou finalmente morar sozinha numa casa minha e ando a mergulhar em revistas de decoração mas também tenho medo de escolher errado… será que me podia dar umas dicas ou ideias…”

Não sendo eu uma guru de decoração, mas como já mudei de casa algumas vezes, fui aprendendo (a maior parte das vezes com os erros) alguns truques que podem ajudar.

Calma, paciência e bom senso!

Parece-me ser o trio mais adequado nesta fase das nossas vidas!

Eu sei que a ansiedade é mais que muita, mas nada como ter “muita calma nessa hora”!

Esmiuçar bem, ver referências, procurar bons preços em função da utilidade, não querer comprar tudo de uma vez, não ceder a tentações de promoções (de coisas que não são realmente necessárias).

Nada como ir dar um passeio a lojas de decoração, ver on-line ou ainda em revistas.

 

Cores, medidas e funcionalidade!

Nunca cometer o erro de não ter as medidas certas de todos as assoalhadas apontadas no telemóvel ou num caderninho, senão está se mesmo a ver que a palavra devolução vai fazer parte da vossa vida!

Definir as cores antes de qualquer coisa, não queremos chegar a uma loja de sofás e depararmo-nos com uma mega promoção de 80% daquele sofá de sonho… mas cor-de-laranja fluorescente… e depois? Toca a mudar tudo? Não!

Já diziam um amigo meu que: “Bom, Bonito e Barato escolhe dois!”

Ou seja, invistam em produtos de qualidade e que gostem deles o suficiente para viverem com eles durante uma boa temporada.

Quanto às cores é a gosto, mas não se esqueçam que vão lá viver, OK?

Pensem nisso com carinho e depois digam-me se é boa ideia (como eu tive há uns anos) de ter uma parede no quarto daquele rosa fúchsia que até hoje vivo com trauma! A cor é gira sim… mas não para estar dentro da minha casa!

 

Luz, luz e mais luz!

Confesso que tenho uma obsessão por iluminação.

Não quer dizer com isso, que tenha os focos do estádio do Arouca em casa, mas gosto de sentir uma casa correctamente iluminada.

Com diferentes espaços de iluminação, este é um pormenor que não pode mesmo ficar de parte.

 

Menos é mais!

Já tinha falado neste tema aqui, mas volto a insistir na decoração minimalista.

As tias, avós, madrinhas vão querer dar todos os tarecos e napperons que guardaram ao longo da vida, mas, meus amigos, temos que saber dizer não! Mas um não fofinho, senão são longo arrancados do testamento. Mas não queiram fazer da vossa sala, as prateleiras de qualquer loja hippie-chic-china-town.

Para além de não ser esteticamente muito interessante (no meu ponto de vista, mas cada um terá o seu), para limpar é o raio dos trabalhos!

E também cuidado quando começam a aceitar a cadeira onde o avô lia o Borda d’ água, mais a mesinha de cabeceira da bisavó, porque depois correm o risco de ficarem sem passagens dentro de casa e têm que andar a saltar barreiras para se movimentarem.

 

Modas, tendências e emprenhar pelos ouvidos!

Quem não tem um amigo com a mania que trabalha para o Querido Mudei a Casa? Todos temos!

E eles vão aproveitar essa oportunidade para realizarem um sonho (deles) e quando for morar para lá, não se identifica com nada!

Calma com as opiniões e modas, peçam sim, vejam tendências sim, mas só apostem no que realmente gostarem e se identificarem.

No meu caso, tive sempre sorte, porque os meus amigos transbordam bom gosto e sempre que eu tinha uma ideia menos feliz, davam-me um puxão de orelhas.

 

Pensar no hoje!

Não adianta achar que vamos ter 34 filhos a morar lá em casa se ainda não temos sequer pai para as criaturas, certo?

Então, vamos decorar e mobilar a casa à realidade que vivemos no momento.

Sem com isso, desprezar planos de futuro, mas é preferível irmos vivendo aquilo que temos no presente, do que estar sempre a pensar nos planos e nunca a viver.

Se neste momento ainda não há crianças, será que vale mesmo a pena estar a investir num berço e decoração do quarto de bebé? Talvez não, até porque os gostos vão mudando e se calhar nessa altura já apetece decorar de outra maneira.

Cada coisa a seu tempo, o hoje é o hoje!

 

A decisão de comprar!

Hoje em dia comprar mobílias ou objectos de decoração já não é sinónimo de nos endividarmos (a menos que falemos de peças de arte ou lojas mais caras), porque felizmente temos várias soluções em conta, mas, não quer dizer com isso que não tenhamos cuidado com o que escolhemos.

Quantidade não é sinónimo de qualidade, às vezes é preferível comprar um candeeiro bom por mês, do que 4 de uma vez e não gostarmos assim tanto deles ou eles não ser muito bons (a nível de qualidade).

Comprem consoante a vossa disponibilidade financeira e não se endividem, não se esqueçam que é só uma mobília, podem precisar desse dinheiro para coisas muito mais sérias. Nada de exageros!

E há sempre a regra de ouro: se há dúvidas no acto de comprar = não se compra!

Comprar é quase como casar: tem que se ter certezas absolutas!

 

 

Créditos de imagens: Pinterest