A falta de tempo…

De certeza que todos ouvimos alguém ou mesmo nos próprios dizer:

Não tenho tempo.

Ultimamente tenho andado mais atenta para todas as situações que oiço ou dou esta desculpa.

Chamo desculpa porque a frase “não tenho tempo” é como usarmos a “crise” como desculpa para tudo.

A uma certa altura as pessoas perceberam que pegava então passaram a usá-las (a crise e a falta de tempo) para tudo o que não querem fazer ou que não se esforçam para.

Claro que depois há uma ínfima parte que é mesmo falta de tempo e a crise, porque na verdade o tempo não estica nem dá para fazer tudo, mas na maioria das vezes é usado como desculpa por falta de organização ou de realmente QUERER fazer.

Então ultimamente as vezes que ouvi e registei foi:

“Eu gosto muito de pão de ló e sabe-me bem comê-lo, mas não como tantas vezes como gostaria porque não tenho tempo para fazer.”

“Cabelos compridos são bonitos para quem tem tempo, que não é meu caso.”

“Ah isso de cinema era bom era, se tivesse tempo!”

“Tu andas sempre com as unhas bonitas porque tens tempo para ir arranjá-las!”

“Isso do ginásio é bonito, mas é para quem tem tempo.”

“Também eu gostava de andar nessas coisas da solidariedade mas tenho lá tempo para isso…”

 

E muitas mais que não vale a pena continuar a enumerar.

Mas estas desculpas vêm sempre com um tom arrogante associado, quase como se quisessem culpar os outros por não serem organizados, planeados e por não fazerem o que na verdade gostariam e não se comprometem.

As pessoas ficam frustradas.

E isso faz um mal do caraças à saúde!

Temos que inverter esse quadro… já!

O tempo estica? Não!

Mas 24 horas dá para imensa coisa.

(e agora já estou a ouvir alguém: pois mas eu tenho 8 filhos, 2 cães, 1 ovelha, 1 pónei e uma avó entravada)

Mesmo assim a boa notícia é: o dia tem 24 horas para todas as pessoas. Seja em que parte for do mundo.

Arranjem uma agenda.

Ou um bloco.

Ou mesmo no telemóvel.

Escrevam.

Organizem-se.

Planeiem-se com tempo para conseguirem chegar às coisas que vos deixam frustrados se não fizerem.

Se dá para fazer tudo? Claro que não.

Mas garanto-vos que se escreverem, conseguem fazer o dobro.

Um dia de cada vez…

Um desejo de cada vez…

Bora tentar? 🙂