No outro dia fui a uma feira regional e comprei uns cremes feitos com base de azeite (gosto sempre de ajudar os produtores nacionais) e, para variar, meti conversa.
“Está a correr bem?”
“Mais ou menos! Este país não é feito para pequenos produtores e distribuidores como nós. Nas grandes cadeiras a percentagem dos produtos internacionais do mesmo género são cerca de 94% do mercado.”
E eu disse: “Não diga isso, olhe a Barral por exemplo é portuguesa.”
“Sim, a Barral tem alguns produtos nas grandes superfícies comerciais, mas a maioria não é nacional.”
E eu a tentar minimizar os níveis de frustração.
“Deve haver mais, tenha calma.”
E ele retorquiu:
“Calma já a gente tem tido muita. Afinal basta ver que duas das maiores empresas nacionais cotadas em bolsa são de grande distribuição e por aí está tudo dito..”
Pois…
Compreendo a “dor” deste e de muitos pequenos produtores que se escalfam a trabalhar e não conseguem sair da cepa torta…
Até as feiras, que agora já se transformaram em pequenos festivais de música e a cobrarem dinheiro na entrada, afastam as pessoas e, por consequência, diminuem as vendas de quem lá está a pagar stand…
Enfim…
E o senhor acabou a conversa com uma frase que já passa a ser recorrente:
“Eles não nos querem cá. Só nos prejudicam, o melhor é emigrar!”.
Deixo o que escrevi sobre a emigração (aqui) e remeto- me ao silêncio com esta música…
Créditos da fotografia: retirada do Google.
Emigrar é a solução para muitos e é triste 🙂
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