Estava curiosa para ver este filme, não tivesse ele o nome de um bairro onde fui muito feliz!
Estive sempre atenta a ver se reconhecia algumas das ruas que encontrei por lá (aqui).
É uma história de amor, mas longe de ser só isso.
John Crowley realizou esta história que retrata a luta por uma vida melhor e o medo do desconhecido.
Nos anos 50, Eilis Lacey (Saoirse Ronan), é uma jovem irlandesa que vive com a mãe (Jenne Brenan) e a irmã Rose (Fiona Glascott), com quem tem uma relação muito chegada.
Tem um emprego precário numa mercearia com uma patroa irritante, má e insuportável (Emma Lowe) e um dia surge a hipótese de imigrar para os Estados Unidos, mais propriamente Brooklyn, onde terá um emprego e visto à sua espera.
Parece um sonho mas…
E agora? Deixar a família, a casa, a terra e ir em busca do desconhecido?
Apesar de se tratar do sonho americano é sempre uma dor deixar tudo para trás.
De repente aqueles olhos verdes fazem-nos entrar dentro da personagem e perceber que o medo ganha em relação ao sonho.
E aí está ela, depois de uma longa e atribulada viagem, em Brooklyn!
Tudo era diferente. As saudades eram uma dor.
A chegada tardia das cartas da irmã aumentavam ainda mais as saudades, que só diminuíram no dia que se cruzou com um italiano e se apaixonou!
E a partir desse momento a história aligeirou e quase parecia que ia ficar por aí… mas não!
De repente a história sofre um volte-face e Eilis tem que regressar à Irlanda e a dúvida passa a morar no coração dela.
A personagem foi crescendo ao longo da história. Eilis tornou-se numa mulher linda e sensual. Segura de si e confiante.
Com a história a sofrer uma reviravolta, também o coração da Eilis fica confuso e indeciso entre um amor italiano que deixou em Brooklyn e uma recente paixão na sua Irlanda que tantas saudades lhe deixa.
Confesso que esta parte empobreceu a história e fez-me duvidar um pouco da verdade da personagem, mas depois coloquei-me nos sapatinhos dela e entendi que deve ser difícil estar longe de casa e de repente ter “à mão” um amor, a família, um emprego e largar tudo por um amor que deixou longe, mas também por um mundo de incerteza.
Os momentos mais hilariantes eram passados à mesa com as suas colegas de pensão. Diálogos divinais!
O argumento é leve, sensível e praticamente previsível. A interpretação da Saoirse é surpreendente.
O guarda-roupa é bom, adorei quando ela começou a arriscar mais e usou aqueles óculos escuros tipo: Chegueiiiii!
A fotografia do filme é simpática e a banda sonora nem dei por ela.
Apesar de não ter ganho o Globo de Ouro, Saoirse Ronan é uma forte candidata ao Óscar de Melhor Atriz, já Óscar de Melhor Filme acho um pouco demais, mas quem sabe!
Talvez arrecade o de Melhor Argumento Adaptado (Nick Hornby, baseado no livro de Colm Toibin).
Fiquei bastante curiosa quanto a este filme! Tenho de tentar ver! =)
Beijinhos
Eu gostei muito 🙂