A idade muda-nos!
E quanto a isso, não tenho qualquer dúvida.
Sempre vi o avanço da idade com algum receio.
Por tudo.
Confesso que a velhice não me deixa confortável.
Ainda estou longe disso, mas é um assunto que me assusta por diversos motivos.
Mas antes disso, com a idade vamos mudando.
Amadurecendo.
Vamos escolhendo melhor.
Vamos fazendo uma triagem mais certa e sábia.
Nem sempre, mas na maioria das vezes, a idade traz-nos sabedoria.
Sempre achei os mais velhos umas autênticas bibliotecas com pernas.
Mas uma coisa que tenho reparado em mim é que sempre fui pronta para uma discussãozinha.
Nunca fui de levar desaforo só porque sim.
Para alguns é ter pelo na venta, para mim é ser detentora de uma personalidade especial! (ah ah ah)
Muitas vezes desperdicei energia a discutir com coisas sem qualquer importância.
E lembro-me de pensar em pessoas que têm aquele dom de estarem embalsamadas e não darem a mínima importância a quem lhes chateia a mona e desejar por vezes ser assim.
Tentava ignorar, mas nem sempre conseguia e acabava sugada de energia.
Mas com os anos, lá está, o amadurecimento, algumas rugas, algum cansaço, alguma falta de paciência começo a notar que deixei de ter vontade para dar “pé para mais uma dança” desse género.
No outro dia tive uma situação dessas e no fim, quase que me esbofeteei para ver se era eu ou se tinha sido possuída por algum ser calma e sereno que nem Dalai Lama.
Mas não!
Era eu!
Eu a não dar importância.
Eu a dar o meu ponto de vista calma e serena e a deixar a outra pessoa espernear achando que estava coberta de razão e na verdade eu estava me (cagando) marimbando para o que me estava a ser dito e a dar apenas a importância (pouca) que o assunto tinha.
Caraças! Fiquei orgulhosa!
E no fim estava tranquila que nem uma esquila!
Gostei tanto dessa sensação que vou-me lembrar dela sempre que estiver quase naquela red line antes da discussão.
Vou tentar!
Vou mesmo!
Créditos da fotografia: Samuel Scrimshaw
Tens razão minha amiga, a idade faz isso mesmo. Sempre fui conhecida desde pequena, como refilona. Refilava de tudo e mais alguma coisa quando achava que tinha razão. Por vezes metia-me nos “cornos do touro” em prol de outros. Hoje vejo as coisas de outra forma, já não tenho paciência para determinadas coisas. De vez em quando sinto a boca a querer abrir e fecho os olhos com imensa força tipo”pode ser que consiga conter a magana”. Beijinhos
É isso mesmo! 🙂 Beijinhos grandes