No outro dia, estava eu na fila da caixa no Lidl, quando, de repente, oiço um valente e alto:
“Shhhiiiiiiuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!”
E ficou um silêncio incomodativo…
“É que se ninguém te explicar que não podes berrar a torto e a direito, tu nunca vais saber isso!”
Então, ao que parece, a senhora, que estava à minha frente para pagar, fartou-se de ouvir uma criança aos gritos durante todo o tempo que esteve às compras.
Confesso que eu também ouvi…
Daquelas birras sem fim…
E também parece que a mãe desta criança aborrecida fazia aquele género de indiferente…
Tipo: não estou a ouvir, não estou a ouvir, não estou a ouvir.
Mas estava, tinha que estar, a menos que sofresse de alguma patologia auditiva.
No momento do “shiuuuu”, ela (a mãe da criança aborrecida) continuou a fingir que nada se passava, mas pagou e saiu de imediato, sem tossir ou mugir.
Por momentos pensei que ia-se dar confusão, porque ouve um murmurinho duplo…
Umas pessoas concordaram com a loira boazona que emitiu o shhiiiuuu, mas, por outro lado, houve quem abanasse a cabeça com ar de crítica.
E a loira, em sua defesa, ainda disse que tinha três filhos e que não custa nada educá-los e que se não lhes explicarmos que eles não podem fazer certas coisas, eles vão sempre fazer.
Eu nunca tinha assistido a uma cena destas, nem tão pouco pensado nisto, mas que já houve alturas em que me apeteceu mandar alguém calar, isso já. Mas nunca o fiz.
Será que temos o direito de mandar calar os filhos dos outros? Ou será que os nossos filhos podem incomodar toda gente e continuarmos a ignorar?
Créditos da fotografia: bmewett
Boa tarde!
Adorei! Adorei quando li este texto e pensei para comigo ” eu já vivi este filme”.
Só fico em dúvida se devemos mandar calar os filhos dos outros ou repreender a mãe, pai ou avô?
Parabéns pelo seu delicioso blog.
Beijinhos,
Ana.
Tão querida Ana! Obrigada por me ler e estar desse lado ❤️❤️