Eu não gosto de insistir em quase nada.
Não sou de desistir à primeira.
Mas também não sou daquelas pessoas que gosta de insistir com medo do rótulo de desistir.
Não tenho medo de rótulos e muito menos de deixar de insistir.
Também não me lembro de me ter arrependido por ter deixado de insistir em alguma coisa ou em alguém.
Mas quando toca a gratidão, eu obrigo-me a insistir.
Não que seja ingrata, mas porque às vezes a celeridade da vida atropela-me o bom senso e esqueço-me do mais importante.
Mas ainda ontem, parada no transito pensava no quão generosa a vida tem sido para mim e no quão grata me sinto.
Na sorte brutal que tenho.
Só não me posso permitir a esquecer isso.
E por isso vou sempre insistir na gratidão.
Créditos da fotografia: Felix Russell-Saw