Confesso desde já que tenho uma admiração pelo papel da mulher na sociedade, enquanto mãe, filha e esposa, mas também e, cada vez mais, enquanto profissional, pelo seu trabalho, empenho e contributo no seio das organizações.
No final do mês passado estive na Casa do Gil e testemunhei o tempo e o amor que as mulheres daquela instituição dedicam às crianças. Todos os dias, dão um pouco de si para que a vida daquelas crianças e jovens seja melhor e tenham um futuro mais risonho. Estas funcionárias da Casa do Gil, mas também mães, fazem questão de realçar esse seu duplo papel.
O trabalho que a Fundação do Gil desenvolve, desde 1999, tem viabilizado o regresso a casa de milhares de crianças, que se encontravam hospitalizadas por razões sociais. Mais mais importante, esta instituição tem trazido à sociedade portuguesa um conjunto de respostas sociais outrora inexistentes, graças ao trabalho conjunto destes excelentes profissionais.
Por isso, hoje quero destacar o equilíbrio necessário e saudável da contratação e promoção de homens e mulheres, por parte das empresas, organizações e instituições.
É cada vez mais sabido que o empenho, a competência ou a dedicação são caraterísticas de um bom trabalhador e que vão para além da questão de género. Mas também gostaria de realçar que as mulheres são quem mais se destaca num mercado de trabalho, cada vez mais competitivo e agressivo.
Os estudos têm revelado que, se antes o mundo da gestão era quase exclusivo dos homens, nos dias de hoje encontramos mulheres nos lugares de topo das grandes empresas e ao mais alto nível profissional.
Sobre esta matéria, as opiniões continuam a divergir, entre os que apontam que há mais mulheres qualificadas do que homens, sendo necessário deixá-las ocupar esses cargos, e os que defendem que é preciso tempo, pois estas são mudanças profundas nas empresas e no seio familiar.
No meio das divergências, o tempo vai passando, com vários países, incluindo Portugal, a resistirem a uma diretiva comunitária, que vem de 2012 e define o objetivo de aumentar, até 2020, a proporção de mulheres nos cargos de administração não executivos até 40% e para 33%, em todos os cargos de chefia.
As carências ao nível das condições oferecidas na sociedade e nas empresas que facilitem a conciliação entre a vida profissional e a família são ainda notórias. E ao nível da mudança de mentalidades, há ainda um longo caminho a percorrer.
Contudo, não deixo de sublinhar os avanços observados nas últimas duas décadas: a aprovação de legislação de “promoção da igualdade”, a “maior participação das mulheres no mercado de trabalho” e o paradigma da “empresa socialmente responsável”, que desenvolve planos de ação que defende o princípio da igualdade.
Os dados há muito que foram lançados e na história da humanidade, nunca como hoje, foram dados à mulher tantos desafios e oportunidades. É preciso reconhecer que o mundo entrou numa nova era, a era do conhecimento, da independência e do sucesso partilhado.
Nós, homens, temos de nos habituar cada vez mais a partilhar o nosso espaço com as mulheres, que de dia lideram negócios e chefiam equipas e à noite dividem connosco as tarefas familiares, que no passado eram realizadas apenas pelas suas mães e avós.
É este o cenário com o qual me deparo todos os dias. Diariamente, admiro a capacidade das mulheres e o seu contributo para o sucesso dos meus negócios! Não há preconceitos, não há barreiras, não há entraves ao estímulo feminino. O espírito de equipa prevalece à diferença de géneros.
Valorizo a diversidade de pensamentos, de opiniões e de estilos, que possam contribuir positivamente para o desenvolvimento e sucesso empresarial. E este equilíbrio é, para mim, cada vez mais necessário e complementar na visão de futuro dos negócios!
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Bacana demais a reflexão. E que bom ver cada vez mais mulheres em altos cargos nas empresas!
É verdade… o devido reconhecimento!
É urgente que se valorizem as mulheres. Gostei muito só texto.
Obrigada Rita.
Ainda estamos muito “verdes” no que deveria ser de facto. Mas é aos poucos que temos que começar. Afinal, temos que começar por algum lado não é? É bom sentirmo-nos apoiadas. Que assim continue e que tudo melhore cada vez mais para todas as mulheres, em todo o mundo!
_Ela.
É verdade!
Beijinhos!
Linda reflexão! Mas várias coisas são recíprocas não é mesmo? Meu pai sempre partilhou a cozinha comigo, enquanto tentava ser um bom “homem de casa”, o mesmo que havia feito com sua mãe (minha avó)! Actualmente, meu marido gosta de ajudar quando estou extremamente cansada ou quando quer fazer alguma surpresa em casa. 🙂
Mas sem dúvida agradeço suas palavras, muito bom ler algo assim!
Olá Fátima! Obrigada pelo comentário. Beijinho!