I’m Feeling | Liberdade

Em 1974 eu não vivi o 25 de Abril.

Os meus Pais e Avós viveram e contaram-me como foi.

Tenho um imenso respeito por todos os que viveram este dia.

Mas eu não vivi, não senti.

Por isso, hoje, 25 de Abril de 2015, gostava de falar do que seria para mim se tivéssemos atingido a liberdade.

Não haveria discriminação entre raças. Simplesmente todos somos pessoas e seriamos tratados como tal.

Não haveria direitos diferentes, só porque há várias orientações sexuais.

Não haveria mulheres a terem que retirar leite à frente dos médicos para provarem que estão a dar de mamar.

Haveria mais mulheres em cargos de chefia. Havia mais igualdade entre sexos.

Não haveria burocracias ridículas nos processos de adoção.

Haveria mais respeito pelas crianças.

Haveria mais meios de diagnóstico e tratamento no sistema nacional de saúde: pensava-se na saúde e não no dinheiro que a máquina dos laboratórios e afins alimenta.

No serviço nacional de saúde existiria o mesmo tipo de agulhas, pensos, soros e afins como no privado.

As relações que criamos com os médicos deixariam de ser submissas e haveria a liberdade para questionar, bater o pé, exigir, sem que para isso tenhamos que ir para o privado.

Haveria menos desigualdade social e económica.

Haveria justiça igual para ricos e pobres.

Haveria justiça para todos aqueles, como o Sr. do BES que decidiu destruir a vida de quem trabalhou anos e confiou nele.

Haveria justiça para todos aqueles que destroem vidas de crianças, tatuando-lhes a dor para sempre.

Todas as mães e pais seriam obrigados a educar, cuidar, proteger e acima de tudo, amar os seus filhos.

A infância passaria a ser obrigatória.

Não haveria imunidade judicial para a trilogia das batas: juízes, médicos e padres.

Haveria justiça para todos aqueles que tratam os idosos como lixo.

Havia severa punição, para todos aqueles que maltratam animais.

Havia mais respeito pelo próximo.

Todas as pessoas portadoras de Síndrome de Down, Síndrome de Asperger, Síndrome de Tourette e todos os outros tipos de distúrbios seriam respeitadas, ajudadas, muitos amadas e não discriminadas.

Não morreriam mulheres e homens por violência domestica.

Não haveria bullying. Nem em crianças, nem em adultos.

A vida humana teria muito mais valor.

Haveria mais amor.

Muito mais amor.

E não, não tenho tendência para ver o copo meio vazio, simplesmente gostava de viver num mundo melhor.

Liberdade

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Maria Amélia ícone
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