Não é porque acabam, que não são histórias felizes

Há pessoas que têm “aquela” luz

Tenho uma (só uma?!) pancada!

Acredito que nos dias cinzentos acontece-me sempre qualquer coisa que me ilumina.

Chamem-me louca! Chamem-me o que quiserem.

Mas acredito mesmo nisso.

Ora vejam..

Depois daqueles dias super-mega frios (mas sempre com sol) de janeiro, apareceram uns dias meios nublados.

E foi num desses dias que me aconteceu isto que vos conto hoje.

Eu acredito que se tivermos atentos à vida e aos outros, aprendemos todos os dias qualquer coisa.

A manhã começou estranha.

Reunião desmarcada em cima da hora.

Confusão no horário da reunião seguinte.

E, com isto, tudo eu tinha combinado ir ter com um representante de uma marca (não vou dizer qual, simplesmente porque o assunto é pessoal, não pela marca que por acaso é um espectaculooooooo! Mas da marca, irei falar em breve!) antes do almoço, mas com estas confusões todas… não deu!

Mas qualquer coisa me dizia para insistir e tentar ir.

“Ok, passo outro dia.”

Mesmo depois de ter dito isto, algo me dizia para tentar ir naquele dia.

Lá fui!

Tinha que ir!

Sabem aquelas pessoas que têm um olhar tão doce e uma voz tão serena que dá logo vontade de arrancar um abraço?

Pronto, começou assim. Mas controlei-me e nada de abraços.

A meio da conversa, inevitavelmente falamos do meu blogue e um dos assuntos que se falou foi a Corrente Positiva, onde eu justifiquei:

“Porque eu acredito que histórias reais com finais felizes possam ajudar as pessoas.”

E de repente oiço:

“Mas, não é porque uma história acaba, ou seja, não é porque a pessoa morre que a história deixa de ser feliz.”

Continuámos a falar e percebi que falava por experiência própria.

Por dor própria.

Estava perante uma pessoa que falava na perda da Mãe (muito recente) depois de uma luta gigante de muitos anos e que partiu, mas que foi sempre feliz.

Os olhos (lindos, mesmo lindos) de uma filha que apesar de sentir muitas saudades da Mãe, à qual se referiu umas quantas vezes como Mulher Extraordinária que tem a capacidade de retirar o lado bom de uma luta de tantos anos é brutal. Fiquei sem palavras.

Até quando chamou puta à doença, foi um puta sem intenção. Sem valor.

Nem por um segundo vi uma gota de ódio, de rancor…

Não deu protagonismo nenhum à puta da doença.

BRUTAL!

Preferiu dizer que a Mãe foi sempre muito feliz. Que casou com o Homem que escolheu. Que tinha as filhas com ela naquele momento. Que ouviram as músicas que gostaram.

E o amor deixa de ser egoísta quando se ouve:

“Para mim, ela partiu cedo, mas talvez para ela, já partiu um pouco tarde. E por isso, eu estava em paz.”

Obrigada querida J.

E no final, não contive o abraço.

Fiquei uma pessoa mais rica.

Sempre que alguém me prova que o amor é maior que tudo e vence sempre, sinto que estou no caminho certo.

Até breve ♥

2 Replies to “Não é porque acabam, que não são histórias felizes”

  1. 😀
    Essa pessoa de que fala a Amélia é incapaz de um sentimento menos nobre, de uma palavra menos boa e é uma pessoa de uma riqueza interior rara.
    Das pessoas mais doces que me foi dado conhecer; e das mais corretas!
    É uma mulher sábia e muito feliz; porque se basta de tanto que tem dentro dela.
    Acho mesmo que é feita de amor.

    1. É com certeza feita de amor. <3

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Maria Amélia ícone
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