Os dias não são todos iguais.
Nem sentimos o mesmo todos os dias.
Não sei bem como se explica essa diversidade de sentimentos.
Talvez não se explique.
Talvez a culpa –se existe- é do que nos rodeia.
Dos factores externos.
Ou seja, da vida em si.
Tal como ela é.
Com dias bonitos, felizes e cheios de sorrisos.
Já outros, mais cinzentos, tristes e regados a lágrimas.
Ou talvez me esteja a descartar da mea culpa.
Daquela culpa, que culpa as nossas escolhas e opções.
Não sei.
Hoje não consigo render-me à humildade de assumir a mea culpa.
Estou num desses dias.
Cinzentos, apesar do sol até querer espreitar.
Também fazem parte.
Por muito que até fosse mais divertido não conhecermos a cor desses dias…
É inevitável.
Há quem diga que são as regras desta bola chamada mundo.
Não sei quem as inventou, mas não fui eu com certeza.
Senão o cinzento era apenas a cor do carvão do lápis.
Tudo o resto eram unicórnios.
E música para dançar até cair.
Ou talvez não… não sei.
Estou num desses dias que até me tira a capacidade de ver a magia das cores.
Mas a melhor parte é que o dia quer corra bem ou mal…
Continua a ter as mesmas 24h.
E amanhã será novo dia e tudo fica colorido.
E com música para dançar até os joelhos cederem.
♥
Créditos da fotografia: Yoann Boyer