No dia que me cruzei com um tigre…

…ai não é!

Há uns aninhos atrás, ainda era uma miúda que achava que podia salvar o mundo (hoje já sou uma mulher, mas ainda acho que posso salvar o mundo) e estava constantemente envolvida em projectos de solidariedade e voluntariado.

Um deles era fazer de voluntária em hospitais veterinários, onde acabei por fazer um daqueles cursos de auxiliar de medicina veterinária para saber tratar muito bem dos meus animais.

Estava eu a num hospital veterinário e uma das minhas funções desse dia era receber as pessoas, tirar a ficha do animal, levar para o gabinete e acompanhar os donos e animais da sala de espera ao gabinete. Dentro do gabinete fazia coisas tão complexas como agarrar o animal, limpar-lhe os ouvidos e pouco mais.

Entrou uma senhora (sozinha), deu-me o nome dela e do animal para dar entrada e nem questionei porque não tinha consigo o animal, porque há vários donos que evitam situações de stress nas salas de espera. Então pedi à senhora para aguardar pela sua vez.

 

  • Pode entrar, a consulta será no gabinete 4, eu já lá vou ter.

(enquanto isto, a senhora entra com o seu animal, deixa-o lá e volta ao carro para buscar o cartão de vacinas dele, mas eu não a vi nem a entrar, nem a sair do gabinete e entrei… fugi de imediato!)

  • Não entre! Não entre! (aos gritos, bem alto para toda a gente ouvir!)

(imaginem uma louca a correr, desvairada pelos corredores do hospital, com ar de quem queria salvar alguém de morrer, a levar tudo à frente, a transpirar… esbaforida!)

E agora começa aquela que é uma das histórias mais embaraçosas da minha vida.

Eu abri a porta do gabinete e encontro um tigre todo espojado na marquesa (!!!!!!) e então não quis que a senhora entrasse para não ser atacada.

O que eu pensei?

Deve ser um tigre de algum circo que veio fazer alguma consulta e no sistema baralharam as salas.

Eu corri, transpirei e só dizia:

-Está um tigre… está um tigre..

(sempre a gritar… sempre a achar que finalmente alguém iria reparar em mim e mandar fazer o meu busto em frente ao hospital como salvadora de vidas!)

Lá me explicaram…

Calma rapariga!

Respita!

É um Maine Coon.

Ok!

É um gato de raça grande, muito grande.

E com a posição de pacholas dele, ainda piorou… parecia enorme.

Não conhecia esta raça…

Ah… também me explicaram que os tigres não têm costume de vir ao hospital veterinário, mas sim, o veterinário vai até ele.

(lá se foi a ideia de porem o meu busto em frente ao hospital como a auxiliar que salvou uma pessoa de um tigre, tive foi sorte de não me obrigarem a vestir uma calcinha branca amarrada à cintura para fazerem um remake do flyer do filme A Vida de Pi comigo e com o gato, ainda bem que as redes sociais ainda não tinham chegado a Portugal!)

vida de pi

Pronto, fartei-me de aprender nesse dia.

E de ser gozada também!

Como calculam durante meses fui a anedota do hospital.

Serviu para me apaixonaaaaaaar totalmente pelo Nougat.

O gato que pensei que fosse um tigre!

Um gigante do mais fofo que já me cruzei… mas enorme mesmo!

Aqui ficam umas fotografias para verem que não exagero:

maine1

maine 2

maine 3

maine 4

 

2 Replies to “No dia que me cruzei com um tigre…”

  1. AHAHAHAHAHAHAHAAH

    Que cómico!!! Olha, nós muito provavelmente faríamos o mesmo xD

    1. Isto parece uma anedota, mas aconteceu mesmo…
      Meio mundo gozou comigo, mas nunca tinha visto um gato tão grandeeeeeee!

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Maria Amélia ícone
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