Já tinha visto o trailer deste filme há algum tempo e esperava ansiosamente por ele.
É um filme muito forte e embora seja ficção todos sabemos de histórias de sequestros durante anos, veio-me logo à memória a Natascha Kampusch, aquela rapariga austríaca que esteve mais de 10 anos em cativeiro.
É arrepiante pensar que nos pode acontecer o mesmo! Deus nos livre!
Room conta a história de Joy (Brie Larson) e seu filho Jack (Jacob Tremblay) que vivem isolados num quarto.
Jack é um menino cheio de perguntas que apenas conhece o mundo através de uma clarabóia e Joy faz de tudo para dar uma vida minimamente normal ao pequeno Jack.
Quando eu pensava que o filme ia ser à volta do sequestro e das tentativas de fuga e consequente captura do agressor, enganei-me redondamente!
Esta história retrata muito mais do que um rapto e posterior fuga, conta-nos o depois de tudo isso, o regresso ao mundo que a Joy já não via há 7 anos e que Jack nunca conheceu, aliás, esta segunda parte do filme tem mais força que a primeira.
Para mim o que se destaca do filme é a dupla mãe e filho, Joy e Jack, Brie Larson e Jacob Tremblay… brilhante!
Ela aparece sem máscaras na maior parte do filme, zero de make-up e com o desespero estampado num rosto de alguém que perdeu parte da sua vida mas que mantém uma esperança acesa…
Ele é um miúdo especial, lindo, com olhar penetrante e com uma interpretação espectacular.
Fez me lembrar o olhar do Oskar (Thomas Horn) do Extremely Loud and Incredibly Close ou ainda o Cole Sear (Haley Joel Osment) do The Sixth Sense.
Realizado por Lenny Abrahamson segundo um argumento de Emma Donoghue.
Tem quatro nomeações fortes para os Óscares: Melhor filme; Melhor realizador; Melhor actriz; Melhor argumento adaptado.
Agora é esperar para ver!