Eu sou daquelas pessoas que tenho uma espécie de íman para situações caricatas.
Umas cómicas, outras nem tanto e outras chegam a ser bem assustadoras e bizarras.
A que vou partilhar hoje, aconteceu num lindo dia de sol na praia de Kata Beach, em Phuket, na Tailândia.
Estava tudo maravilhoso!
Um dia lindo, um mar indiscritível, um calor brutal e eu sentadinha na toalha a observar tudo à minha volta enquanto bebia a melhor água de coco de sempre.
Enquanto olhava para a esquerda e para a direita, sinto que as pessoas olhavam com um ar preocupado para qualquer coisa atrás de mim.
Confesso que estava tão imbuída com a paisagem que não larguei o coco para olhar até que…
Em menos de nada sinto um barulho olho para o lado e tinha uns quantos pares de botas da tropa ao meu lado.
Olho para cima e são agentes da polícia.
Muitos!
E todos à minha volta.
Todos vestidos com aquelas fardas muito justas e um deles com uma farda diferente, porque devia ser o comandante lá da zona.
Param ao meu lado, fazem uns segundos de suspense e começam a falar comigo.
Enquanto esses segundos aconteciam na minha cabeça só me passavam aquelas histórias que todos conhecemos de pessoas que foram detidas na Ásia sem saberem porquê …
E ainda por cima, eu conheço uma história dessas.
E o pior é que eu estava sentada em cima de um tronco pequeno e comecei a pensar que aquilo poderia ser um esconderijo de droga e eu nem sabia e já ia de vela por causa disso!
(ter uma puta de imaginação fértil nestas alturas não serve de nada!)
O silêncio acabou e aquele que eu acho que deveria ser o comandante pergunta-me de onde sou, se gosto da Tailândia, se gosto de Phuket, se gosto de estar ali, se os tailandenses têm sido agradáveis, se estava de férias, se pensava em voltar e se tinha ficado com boa impressão da Tailândia?
E eu só pensava:
Fodasssse…. isto não é sinistro… isto é só bizarro!!!
O que será que me vai perguntar a seguir?!
Nada!
Não perguntou mais nada.
Mandou a beata do cigarro para a areia, pisou-a com a botifarra preta, despediu-se e foram embora.
Ele e os seus capangas.
Não falaram com mais ninguém.
Eu fui a única pessoa que eles vieram falar na praia.
E eu ali continuei, sentada no tronco que afinal era inofensivo, de coco na mão e a tentar perceber o que se passou.
E eles foram à vida deles!
Créditos da fotografia: Maria Amélia®
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