Hoje ia começar a rubrica “Amélia a Festivaleira”, porque faz todo o sentido, a Amélia é mesmooooooo festivaleira.
Mas antes de começar a falar de bandas e partilhar cartazes, venho falar de um tema que me “incanita” com os nervos.
Os voluntários dos festivais! Ora bem, nada contra esses jovens (de idade e de espírito) que não querem mais que ver concertos à “pála” e divertirem-se com uma credencial ao pescoço a dizer staff. Mas, há sempre um mas…
Portugal já não é um País onde abunde o trabalho para profissionais da área da produção (nem para muitas outras áreas), mas também não era preciso trazerem a moda dos voluntários e meter 200 pessoas por dia que em nada percebem da dinâmica que envolve a produção de um festival e reduzirem o número de profissionais da área para um décimo do que seria expectável.
Eu entendo que a redução de custos é a desculpa mais dada dos últimos tempos, mas sei bem do que falo.
A realidade é que os bilhetes continuam caros, os artistas internacionais continuam a custar milhares e milhares, o cachet dos artistas nacionais é cada vez mais rapado e os profissionais que garantem que tudo corra bem, como o produtor executivo, promotor, stage manager, os técnicos de backline e todos os outros, quase que têm que pedinchar para trabalhar com pagamentos miseráveis e que chegam muito tarde. Tão tarde que até já se pagou o IVA desse mísero pagamento e nada de chegar o dito…
E não, não me acredito em uma palavra que os responsáveis pelos eventos que contratam voluntários dizem, para mim é fácil: Uma forma de não pagarem aos profissionais!
Por isso, a todos os profissionais (técnicos de luzes, de som, de backline, equipa de PA, de produção, assistentes de palco, catering, promoção, seguranças, e todos os que garantem que os festivais sejam uma viagem de emoções fortes e que nos promove momentos únicos de alegria um MUITO OBRIGADA pela vossa entrega e profissionalismo.
A todos os voluntários… divirtam-se!
Olá Amélia. Concordo com cada letra. Concordo porque tenho um filho que viveu isso na pele, viu o seu trabalho pouco valorizado e muitas vezes substituído (e mal) por muitos voluntarios pouco preparados, mas q nao rem culpa nenhuma disso.li o seu texto ao meu filho que me respondeu de imediato que nota se que sabe bem do que fala e agradece por nao ter medo em falar nestas coisas que passam despercebidas. A partir de hoje, serei uma leitora assidua deste seu espaço tao simpatico.
Olá Maria José,
Primeiro quero agradecer-lhe a visita.
Depois quero dizer que entendo perfeitamente o seu comentário.
E por fim, será um gosto recebê-la no meu cantinho 🙂
Beijinhos*
[…] Na semana passado dei início à nova etiqueta “Amélia a Festivaleira” e escrevi sobre o que eu acho do voluntariado nos festivais (aqui). […]
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