A saga dos taxistas

Eu tenho evitado tocar neste assunto, por ser demasiadamente tóxico e levantar muita poeira.

Começo já por dizer, que tudo o que vou escrever é a minha opinião sobre factos que vivi.

Acredito que no meio de milhares de taxistas eu tenha tido sempre azar (ou não), mas raramente apanho um taxista “normal”.

Já não espero que seja simpático, nem prestável, nem mesmo educado.

Já não peço tanto, nem sou sonhadora de acreditar que são todos íntegros e sinceros. Até porque em todas as profissões, sabemos que há sempre alguém armado em chico esperto!

Mas estou farta dos taxistas e da sua esperteza estúpida!

Sim, já sei que não são todos!

Mas então, tenho assim tanto azar?

Ou quase todas as pessoas que conheço têm azar?

Até mesmo as pessoas que conheço que moram fora do país e chegam cá e pagam 25 euros do aeroporto ao Campo Grande (e garanto que não vão às costas do taxista), também têm azar, ou isto é mesmo uma saga de taxistas??

No outro dia, estou eu no aeroporto na fila dos táxis.

À minha frente está uma senhora sozinha (com ar de britânica… apenas isso, ar… era bem tuga).

Pára uma carrinha daquelas grandes mais caras e faz-lhe sinal.

Ela vira-se e diz em alto e bom som:

“Está-me a chamar para quê?? Sou só uma pessoa e nessa carrinha paga-se mais!”

Logo a seguir, chega o meu táxi…

Outra carrinha mais pequena, com o mesmo tarifário.

Levou a mesma resposta.

Ficou fodido…

E pior… ficou chateado por o polícia que lá está a comandar as operações ter dito a verdade, ter dito que a bandeirada dos táxis com mais lugares é mais elevada, independentemente do número de passageiros que vai transportar e de os passageiros estarem interessados num táxi tão grande.

Então mas aquele gajo queria o quê???

E o polícia ainda me diz:

“Então mas ele queria que eu mentisse??”

E eu disse-lhe:

“Você devia era multá-lo. Ele está a tentar enganar pessoas.”

Por sua vez, o condutor do meu táxi tomou as dores de parto do amiguinho aldrabão e ainda ficou de trombas.

Deve ser outro coberto de integridade e honestidade.

Então, lá seguiram as duas carrinhas com uma senhora da Ásia e um casal alemão.

É assim a saga dos taxistas.

 

 

Créditos da fotografia: Josh Felise