O velho e sábio cliché: Comportamento gera comportamento!
Idealmente era bom que todos, ou quase todos, pensássemos de maneira semelhante, só com algumas diferenças (das boas) para que pudéssemos aprender uns com os outros.
Era bom que o civismo e a educação fosse factor obrigatório em cada criatura.
Melhor ainda era se as pessoas fossem bem formadas e com aquela coisa estranha chamada de “noção” estivesse sempre verde e em modo: ON.
Mas, como todos sabemos, está lonnnnnnnge de ser assim.
Talvez não tivesse a mesma piada, mas era bom que não houve tanta gente com má índole e mau fundo.
Para estas pessoas, infelizmente, pouco resta senão o tal comportamento gera comportamento.
Eu, tal como as todas pessoas, passei por um conjunto de fases na vida.
Se havia uma altura (talvez pelo kickboxing) que me apetecia calçar as luvas e desatar a resolver as coisas dessa forma fofinha, também houve (talvez pela meditação e yoga) alturas que achei que ser indiferente ou tentar o diálogo seria a melhor hipótese.
Hoje não acho nem uma coisa nem outra.
Fico a meio! Eu que não gosto de meios, neste caso fico a meio.
Ou seja, acho que nem tudo se resolve de uma maneira, mas também, nem tudo dá para resolver na base do diálogo.
No outro dia soube de um caso de um rapaz invisual que sofria de bullying na escola.
Há um belo dia, que um triste qualquer decide dar uns valentes socos no miúdo e o melhor amigo dele fartou-se daquela brincadeira e vai que enfarda uns quantos bananos no herói que estava a bater no outro.
De várias manifestações sobre o sucedido, achei curiosa a de um professor que dizia que estava desejoso de isso acontecer, porque já tinham tentado o diálogo várias vezes. Já tinham abordado os pais. Já tinham dado castigos e expulsões. E o artista continuava. Levou umas peras bem dadas, e parou.
Deixou de ser herói!
Se não fosse assim qual seria a solução?
Continuar a gozar com o rapaz por ele ser cego?
Continuar a dar cargas de pancada no miúdo e em todos os que lhe apetecesse?
Eu sei que a violência não se combate com a violência.
Eu sei que anda meio mundo às mocadas com outro meio.
Eu sei que é rara a semana que não aparece um filme de uns miúdos a bater em alguém.
Mas será que neste caso é assim tão mau enfiar-lhe umas peras?
Eu, muito sinceramente, acho que não.
E espero nunca assistir a uma cena destas, já não tenho idade para voltar a calçar as luvas!
Mas se tiver que ser…
Este é um “pequeno” exemplo, mas o que não faltam por ai, são pessoas espaçosas que não merecem outra coisa que um tratamento semelhante ao que dão.
Créditos da fotografia: Ming Jun Tan
Nós voltamos a referir uma fala que para nós faz todo, todo o sentido: Eduquem as crianças e não será preciso punir os adultos!
Pois é, mas o problema está ai mesmo… a falta de educação dos adultos que criam outros adultos da mesma forma.. e depois é um ciclo vicioso… e contaminado.